Por: Cíntia Gomes
Notícia
Publicado em 05.09.2019 | 22:47 | Alterado em 22.11.2021 | 16:42
Na terça-feira (3), aconteceu o último dia da 2ª edição do Fórum de Jornalismo Regional e Comunitário – a Comunicação que Cria Laços. O encontro recebeu na Unibes Cultural, jornalistas que atuam na cobertura do jornalismo regional de São Paulo.
Durante os quatro painéis – Digital First e a contribuição das plataformas digitais para o trabalho jornalístico; Comunicação que cria laços; A comunicação regional: voz ao cidadão do interior; e Comunicação com foco no local -, os debatedores discutiram o impacto das novas tecnologias na atuação jornalística e o futuro da comunicação entre as comunidades.
A editora da Agência Mural, Cíntia Gomes, abriu o segundo painel do dia sobre “Comunicação que cria laços”. O professor José Geraldo de Oliveira, mediou o debate que ainda contou com André Azeredo apresentador do SP no Ar, da Record TV, Marco Antônio Sabino de Souza, secretário especial de comunicação da Prefeitura da Cidade de São Paulo e Ubirajara Oliveira, fundador e publisher do Jornal da Gente.
Ela contou que a opção por não abordar violência é devido ser algo que outros veículos já focam quando se refere à bairros periféricos. “Criou-se o estereótipo que na periferia só se encontra violência. E nossa missão é desconstruir essa visão”, reforça.
O jornalismo local e regional tem o desafio de preencher esse deserto de notícias que há de determinadas regiões e periferias. A proposta é trazer outras questões além do que é pautado pela grande mídia, como violência e assistencialismo.
É por meio da cobertura hiperlocal que se contam histórias que ninguém mais conta, que traz as questões que precisam ser resolvidas nas regiões na área da saúde, educação, mobilidade, entre outros.
O apresentador André Azeredo pontuou: “O povo consome a violência, não só vende, como gera interesse”, afirmou.
Para o professor Ubirajara de Oliveira, falou sobre como “criar laços” na era digital. “É muito difícil concorrer com o Google e o Facebook, a mesma facilidade que se cria redes, ela se desfaz”, conclui.
Já o secretário de comunicação da Prefeitura de São Paulo, Marco Antonio Sabino, o caminho é buscar por uma produção ética e honesta. “O jornalismo comunitário só vai alcançar a relevância falando a verdade.”concluiu.
Diretora institucional e cofundadora da Agência Mural, correspondente do Jardim Ângela desde 2010. Como boa escorpiana, é desconfiada, decidida e curiosa. Ama o mar, livros, dançar, ver filmes, comer doces e pipoca.
A Agência Mural de Jornalismo das Periferias, uma organização sem fins lucrativos, tem como missão reduzir as lacunas de informação sobre as periferias da Grande São Paulo. Portanto queremos que nossas reportagens alcancem outras e novas audiências.
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